Pular para o conteúdo principal

Introdução a Teoria dos Conjuntos

Introdução a Teoria dos Conjuntos

O que é um conjunto?


O conceito de conjuntos, em matemática, é basicamente o mesmo que o da língua Portuguesa. Conjunto é um grupo de determinados elementos.

Exemplos:
  1. Conjunto dos números inteiros;
  2. Conjunto dos alunos da turma escolar 1.18.1V;
  3. Conjunto dos números naturais;
  4. Conjunto de alunos com medo de perder de ano em matemática no IFBA.

Um elemento pode fazer parte de dois conjuntos:

  • O número 5 faz parte do conjunto dos números inteiros e do conjunto dos números naturais.
  • Caio faz parte do conjunto dos alunos da turma escolar 1.18.1V e do conjunto de alunos com medo de perder de ano em matemática no IFBA

Como são nomeados:

Os conjuntos são geralmente nomeados por uma letra maiúscula (por exemplo: A, B, C, D, E...), e os elementos são geralmente nomeados cada um, por uma letra minúscula (por exemplo: f, h, i, j, k...)

Os elementos do conjunto são colocados entre chaves e separados por vírgula (,), ou ponto e vírgula (;).

Exemplos:
A = {2; 4; 6; 8}
Z = {a, e, i, o, u}

Os elementos podem ser indicados por uma propriedade que os caracterizam:

A = {x | x é número par}
Z = {x | x é uma vogal de nosso alfabeto] 

Observação: O símbolo "|" significa tal que, portanto, no primeiro exemplo podemos ler "A é igual a x, tal que x é número par".

Diagrama de Venn:

Os elementos do conjuntos podem aparecer em um diagrama de Veen, como mostra a imagem a seguir:



Tipos de Conjuntos:

Os conjuntos podem ser classificados como finitos e  infinitos. Um conjunto finito é aquele em que podemos chegar ao número de elementos que ele contém, e o conjunto infinito é o contrário do finito, ou seja, não podemos determinar a quantidade de elementos que o conjunto contém.

Exemplo de conjunto finito é o conjunto das nossas vogais:
A = {a, b, c, d, e}

Exemplo de conjunto infinito é o conjunto dos números ímpares:
B = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13...}

As reticências no conjunto B indicam que o conjunto é infinito.

O conjunto ainda pode ser unitário, quando há apenas um elemento. E também pode ser vazio, quando não há nenhum elemento. 

Exemplo de conjunto unitário
C = {x | x é um número natural maior do que 2 e menor do que 4} (C = {3})

Exemplo de conjunto vazio:
D = {x | x é um número natural menor do que 0}

Observação: Um conjunto vazio pode ser representado por por { } ou Ø. Logo, podemos afirmar que o conjunto de dias que Caio pôde descansar nessa semana é D = Ø.

E também há o subconjunto, que é basicamente um conjunto que pertence a outro:

Símbolos novos: 


Pertence: pertence
Não pertence: não pertence
Contém: superconjunto
Não contem: ⊅
Está contido: subconjunto
Não está contido: ⊄

  1. Quando um elemento a pertence a um conjunto C, indicamos assim:  C. E quando não pertence, indicamos:  C.
  2. Quando um conjunto Z contém um elemento n, indicamos: Z ⊃ n. E quando não contém, indicamos assim: Z  n.
  3. Quando um conjunto C está contido em outro conjunto Z, ou seja, quando C é subconjunto de Z, indicamos: ⊂ Z.





No próximo blog tratarei dos Conjuntos numéricos.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Função Logarítmica

  FUNÇÃO LOGARÍTMICA É denominada de função logarítmica a  função  f:  R* +   →   R , dada por f(x) = log a  x , com 0 <   a   ≠ 1. Para que o logaritmo exista, e por consequência a função também, devemos lembrar da condição de existência do logaritmo, que é: a > 0 e a   ≠ 1. E x, (o logaritmando) x > 0. O domínio são os números positivos, o contra domínio são os números reais e o conjunto imagem também é o conjunto dos números reais. GRÁFICO: O tipo de gráfico irá depender da base do logarítmo, ou seja, será diferente em cada um desses intervalos: Se a base estiver entre 0 e 1, o gráfico é de um tipo. E se estiver depois do 1, será de um outro tipo. a > 1 - Crescente 0 < a < 1 - Decrescente O gráfico sempre passa pelo ponto (1, 0); O gráfico sempre está todo a direita do eixo y; Quando a > 1, a função logarítmica é crescente; Quando 0 < a < 1, a função é decrescente; Domínio:  R* +; Imagem: R; A função...

Função definida por mais de uma Sentença

 Função definida por mais de uma Sentença Uma função definida por mais de uma sentença, como o próprio nome já diz, tem mais de uma lei de formação. Devemos sempre observar o intervalo de x para ver a função a ser utilizada. No caso da função acima, será 2x + 1 quando x < 0, e x - 3 quando x for maior ou igual a 0. Exemplo: Gráfico: Construa separado, de acordo com o  intervalo definido na função. Cuide sempre dos extremos. Observe o tipo de cada parte da função, se é constante, do 1º grau, 2º grau... Exemplo: Referências  BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI, José Ruy; DE SOUZA, Paulo Roberto Câmara. Prisma Matemática: Funções e Progressões. 1. ed. São Paulo: FTD, 2020.

Introdução à Lógica 3/4

 3. Tautologias, Proposições logicamente falsas, Relação de implicação e Relação de equivalência I. TAUTOLOGIAS Seja uma proposição formada a partir de outras (p, q ,r) mediante o emprego de conectivos (˄ ou ˅) ou de modificador (~) ou de condicionais (→ ou ↔) t: (p ˄ ~p) → (q ˅ p) Dizemos que t é uma tautologia ou proposição logicamente verdadeira quando t tem o valor logico V, independente dos valores lógicos de p,q,r.  Assim, a tabela-verdade de uma tautologia t apresenta apenas v na coluna t. Veja a tabela abaixo:   II. PROPOSIÇÕES LOGICAMENTE FALSAS Seja f uma proposição formada a partir de outras (p, q, r (...)) mediante o emprego de conectivos (˄ ou ˅) ou de modificador (~) ou de condicionais (→ ou ↔). Dizemos que f uma proposição logicamente falsa quando f tem o valar lógico falso, independente dos fatores lógicos de p, q, r, etc. III. RELAÇÃO DE IMPLICAÇÃO Quando não temos simultaneamente p verdadeiro e q falso, então temos uma relação de implicação. Quando p imp...